Imagine que você foi surpreendido com um diagnóstico médico que lhe dá poucos meses de vida. Aceitar esse desafio emocional, mesmo em sua imaginação, é uma boa maneira de começar a entender a personalidade dos nascidos na Fase Divulgadora. O sentido visceral da finitude da vida permeia a psicologia destas pessoas.
Mas o sentimento subjacente que as pessoas dessa fase costumam sentir sobre a fugacidade da vida no mundo manifestado pode provocar atitudes diferentes. Embora muitos benefícios positivos possam advir de tal lembrança de finitude da vida, também devemos reconhecer que poderia gerar uma forma extrema e desesperada de egoísmo.
Pode surgir uma voracidade destrutiva e inconsequente. Sede por poder, sexo e dinheiro, sem se importar com os meios usados. Um pensamento do tipo: logo logo não estarei aqui mesmo, e meu tempo é limitado, então foda-se.
Mas também pode, como na maioria dos casos, torná-los conhecidos por serem amorosos, capazes de enxergar além de suas próprias necessidades, conseguindo apreciar os outros de uma maneira tridimensional.
Segundo Rudhyar: “Tal pessoa tende a querer demonstrar aos outros o que aprendeu ou experimentou. Assim, um indivíduo desse tipo geralmente atua como um disseminador de ideias – como um divulgador do que o impressionou com mais força…”.
Há um sentimento instintivo sobre como ajudar os outros a se preparar para a própria evolução e talvez também para lidar com a morte, as despedidas.
O segredo da felicidade para eles pode ser usar essa noção real que têm sobre a limitação temporal da vida de uma forma construtiva. Claro que viver todos os dias como se fosse o último na Terra é um ideal desafiador em termos práticos, mas se permitir ser tocado pela sabedoria evocada por estas palavras pode transformar a forma que eles abordam a vida.
Em suas motivações, a criação de propósito e significado começa a substituir o interminável “quase lá” da satisfação de desejos. A autenticidade, conexões humanas genuínas e um senso do “poder do agora” podem, então, ser cada vez maiores.
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